Richard Ramirez

Publicado: maio 21, 2009 por Mellanye em Richard Ramirez

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Nascido no Textas no dia 29 de fevereiro de 1960, Ramirez era o caçula, de cinco irmãos. Seus pais eram pobres, a familia humilde, eram trabalhadores imigrantes vindos do México. Ele era quieto, porém apanhava de seu pai (como todos os irmãos), por cometer alguns pequenos delitos; então costumava sair de casa e passar dias sem aparecer, ia ao cemitério passear, periodicamente passava noites lá. Apesar de seu pai ser violento com os filhos, sua mãe era católica, e tentava educar os filhos na mesma religião… E Richard era amado, reza a lenda.
Ainda criança começou a ter crises convulsivas, e por certa época teve um ótimo desempenho escolar, depois parou de frequentar a escola – trocava suas tardes por jogos em fliperamas. Seus crimes começaram cedo (quando ele tinha em torno de 9 anos de idade) e eles iam desde uso de drogas à assaltos à mão armada, onde fora capturado algumas Um primo da familia, “Mike” (Miguel Valles), que voltou da Guerra do Vietnã, mostrava-lhe fotos dele torturando inimigos, ou de mulheres que estuprou, ou mesmo de pessoas que matou, enxia a cabeça de Ramirez com coisas do tipo “Isso torna-me um Deus, meu primo”. Mike também o ensinava a caçar.
Quando Richard tinha 13 anos, a esposa deste primo começou a reclamar, pois Mike deveria arrumar um emprego. Ele pegou sua arma e atirou em seu rosto, e ela morreu. Richard disse depois que provou o sangue dela, e que sentiu uma conexão quase “mística” com esse crime. Tempos depois, seu primo Mike suicidou-se.
Ramirez foi colocado no catecismo, por sua mãe. Depois das aulas, ia pesquisar sobre o Diabo e desenhava o pentagramas pelo corpo.
Aos 18 anos, Ramirez foi para a Califórnia, com seus dentes podres – diz-se que deixou apodrecerem por provocação, pois sua mãe pegava no pé por não ser uma pessoa muito higiênica – E foi lá que começou a roubar coisas maiores, foi preso duas vezes por roubo de carros, outras por posse de maconha. Também usava cocaína e bebia com freqüência.

Crimes:
– Los Angeles, 28 de junho de 1984. A vítima? Jennie Wincow. de 79 anos. Estuprada, espancada, assassinada, quase degolada. Roubou alguns objetos.
Neste meio tempo, a imprensa o apelidou o “assassino” de “Night Stalker” (ou “Midnight S.”).
– San Francisco, 20 de março. Duas irmãs, de 70 e 50 anos, assassinadas, com facadas. (Este suspeita-se que tenha sido crimes de Richard, sem provas concretas)
– 17 de março de 1985. Maria Hernandez estaciona seu carro na garagem. Ele sai armado de trás de uma pilastra, todo vestido em preto, e atira. Ela cai e então ele segue em direção ao condomínio onde Maria residia. A bala erroneamente, bateu nas chaves que ela tinha nas mãos, e não causou-lhe mais que uma pequena lesão. Contudo, o tiro dado à queima-roupa na cabeça de Dayle Okasaki, 33 anos, poucos segundos depois, foi fatal. Na mesma noite, em outro local, atirou várias vezes n chinesa Tsai-Lian Yu, de 30 anos, que foi encontrada ainda viva, mas morreu pouco depois.
– 20 de março, e ele uma criança de 8 anos.
– 27 de março. O casal Zazzara tem sua casa invadida enquanto dormem. Assassinados! Ele, rapidamente, com um tiro. Ela foi agredida após a morte. Seus olhos foram arrancados e no seio esquerdo, um “T” feito à faca. Tinha muitas lesões no rosto, pescoço, barriga e região genital. Ele com 64 anos, tinha uma pizzaria. Ela com 44, era advogada. Ele roubara objetos da casa das vítimas.
– 14 de maio. A casa de um mais um casal de idosos, é invadida. Sr. e Sra. Wu foram mortos. Ele, com tiro na cabeça (não morreu na hora). Ela apanhou. O invasor pediu dinheiro. Depois estuprou a mulher de 63 anos e foi embora.
– 29 de maio. A casa de uma senhora de 83 anos, que cuida da sua irmã de 80 anos (inválida), é invadida. Um martelo faz o trabalho assassino. Na coxa de uma foi encontrado o desenho de um pentagrama, feito com batom. Tentou estuprar a mais velha, mas ela morreu. A de 80 anos foi encontrada ainda viva.
– 30 de maio. Entrou na casa de Ruth Wilson, de 41 anos. Pegou seu filho de 12 anos como refém e pediu dinheiro. Ela entregou-lhe uma jóia de valor – um colar de ouro e diamantes. Então ele trancou o garoto, imobilizou a mulher, a estuprou e sodomizou, mas não a matou. Até mesmo afrouxou as amarras no punho dela, ao ver que estavam muito apertadas, e a cobriu com uma peça de roupa antes de liberar seu filho do closet e deixar os dois amarrados juntos, antes de partir.
– 27 de junho. Estuprou uma menina de 6 anos. Nas semanas seguintes, várias pessoas foram atacadas. Muitas eram idosas. Com uma, tentou o estupro e a sodomia, mas não teve ereção. Ficou nervoso, gritou, mas a deixou viva.
As descrições dos sobreviventes destes ataques eram semelhantes: “um homem hispânico, alto, cabelo um pouco grande, vestido de preto.
Em agosto, deixou escrito com batom: “Kack The Knife” em uma casa (além do pentagrama). Descobriu-se posteriormente que a expressão veio de uma música, “The Ripper”, da banda Judas Priest. A mulher, apesar do tiro na cabeça, sobreviveu, inválida. Seu marido, do curioso nome Peter Pan, morreu.

Retrato falado:
Um homem, dono de hotel, foi à polícia dizendo que conhecia alguém que correspondia às descrições. No último quarto que ele ficou, um pentagrama desenhado.
Ele continuava a agir. Em um ataque, em 24 de agosto, estuprou duas vezes a mulher, e ordenou que ela jurasse que amava Satã, várias vezes. Depois, ainda a forçou a fazer sexo oral nele, coisa que ele vinha repetindo nos últimos ataques. Foi embora e não atirou nela, ao contrário do que fez com seu noivo. A placa do carro em que ele fugiu foi anotada. A polícia descobriu ser roubado, o localizou e passou a vigiar. Mas o assassino não voltou a utilizá-lo. Mas uma boa impressão digital foi encontrada no carro. Descobriu-se que pertencia a Ricardo “Richard” Ramirez. Sua foto foi publicada em jornais. Finalmente Ramirez foi capturado, no final do mês. Tentando roubar um carro, o dono entrou em luta com ele. Ele tentou roubar outro na mesma vizinhança, e na confusão armada, vizinhos aparecendo, ele foi reconhecido e a polícia foi chamada.
Ramirez tentou fugir correndo, mas os homens saem atrás dele. Sem algum motivo ele pára o percusso e os homems que o perseguiam também param (perto dele). Ramirez mostra a língua e novamente corre. No quarteirão seguinte, enfim eles o pegam. Pouco depois, a polícia chega ao local.

Identificação criminal:
Foi acusado inicialmente, de 15 mortes. Além de tantos outros crimes.
Muitos advogados públicos recusaram o caso. Sua família contratou dois para o defender. Logo no começo da preparação para o julgamento, em 1987, ele levanta sua mão em uma audiência e diz “Hail, Satã!”

Saudando Satã:
Muitas mulheres compareciam e queriam vê-lo, achando-o bonito. Muitas outras diziam acreditar na sua inocência. Os advogados faziam inúmeras manobras legais para adiar o julgamento. Enquanto isso, Ramirez ficava tamborilando na mesa e balançando a cabeça, como se ouvisse suas bandas preferidas, ainda preferindo vestir-se de preto.
O juiz resolveu finalmente começar em julho de 1988, apesar dos apelos dos advogados. A previsão era de que o julgamento pudesse durar mais de um ano. Para achar 12 jurados aptos a isto, centenas de pessoas tiveram que ser entrevistadas, e isto levou mais um bom tempo. Enquanto isto, Ramirez passou a usar óculos escuros. Seu cabelo estava maior.

Algemado, mas ainda saudando o Diabo:
Janeiro de 1989, finalmente a acusação começa. E isso dura meses. Descobre-se que Ramirez, na época dos crimes, talvez estivesse tentando ficar mais bonito: esteve fazendo tratamento dentário. Garotas de preto apareciam todos os dias na corte.
Os jurados levaram dois meses deliberando. Neste tempo, uma foi assassinada – pelo namorado, que suicidou-se em seguida. Quando foi anunciar a decisão, Ramirez saiu de sua cela, fez o tradicional gesto com os dedos indicador e mínimo e disse: “Mal!”. E disse não ter medo da morte. “Estarei no Inferno. Com Satã!”. E, realmente, a pena foi esta, anunciada em novembro (19 condenações à morte, na realidade).
Disse à corte: “Vocês não me entendem. E não espero que entendam. Vocês não são capazes disto. Estou além das experiências de vocês. Estou além do bem e do mal.
E disse aos repórteres: “Encontro vocês na Disneylândia!
Ao chegar na prisão de San Quentin, perguntou onde estavam as mulheres. Avistou uma, fez o sinal com a mão. Ela o chamou de assassino. Ele sorriu…

Identificação na prisão:
Ramirez ainda está vivo.
Uma editora de revista, chamada Doreen Lioy, começou a trocar cartas com ele, e em 1996 casaram-se. Ela afirma que ele é uma pessoa encantadora, maravilhosa, e diz que irá suicidar-se quando ele for executado.
Ramirez concedeu entrevistas, e mais de 100 horas delas, concedidas a Philip Carlo, deram origem a um livro sobre ele, “The Night Stalker”. O assassino afirmou: “Nós todos temos em nossas mãos o poder para matar, mas a maioria das pessoas têm medo de usá-lo. Os que não têm, controlam a vida.

Curiosidades:
– Há uma banda do Brasil cujo nome é Richard Ramirez
– O álbum “Highway to Hell”, da banda de rock australiana AC/DC, era o seu favorito. Em especial a música “Night Prowler”, que fala de um invasor noturno, que fica na sombra.
– O SK gostava muito de AC/DC e Pantera

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